Parecer sobre clonagem humana reprodutiva e terapêutica

Autores

  • Lygia V. Pereira

Resumo

Em 1997, Dolly foi a primeira demonstração de que a vida animal pode surgir não só pela fusão de um óvulo com um espermatozóide como pela clonagem, a partir de uma única célula de qualquer parte do corpo de um indivíduo adulto. A idéia da utilização da clonagem como forma de reprodução em seres humanos é repudiada por toda a comunidade científica internacional: ao invés de miraculosa, essa forma de reprodução é desastrosa em todas as espécies animais na qual foi aplicada. No entanto,
a aplicação das mesmas técnicas para fins terapêuticos tem o potencial de revolucionar a medicina, criando uma fonte ilimitada de tecidos para transplantes que aliviarão as mais diversas doenças. Mesmo assim, essa chamada clonagem terapêutica esbarra em dilemas éticos/morais que devem ser amplamente discutidos pela sociedade para que possamos usufruir as maravilhas da nova medicina.

Biografia do Autor

Lygia V. Pereira

í‰ formada em Física pela PUC-RJ, mestre em Biofísica
pelo Instituto de Biociências Carlos Chagas Filho (UFRJ), e doutora em Genética Molecular Humana no Mount Sinai Medical Center (EUA). í‰ pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Genética Molecular no Departamento de Biologia (USP).
Em 2001, seu grupo anunciou a produção do primeiro camundongo transgênico no Brasil. Em 1997, iniciou uma linha de pesquisa sobre clonagem e, desde então, vem ministrando palestras sobre a clonagem. Condena a clonagem como forma de reprodução
humana e enaltece os potenciais terapêuticos dessa mesma tecnologia. Recebeu o título de "Mulher do Ano 2001 em Ciências", homenagem do Conselho Nacional das Mulheres do Brasil.

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