Biotecnologia: um desafio para o Amazonas

Resumo

O Estado do Amazonas possui uma megabiodiversidade com potencial de promover o desenvolvimento regional de forma sustentável, com desenvolvimento econômico e benefícios sociais, principalmente para as populações tradicionais e interioranas. Esse desenvolvimento poderá ser alcançado, iniciando-se por uma área que é considerada como de maior impacto para o século 21: a biotecnologia. Por meio do aproveitamento dos recursos naturais da biodiversidade amazônica os extratos vegetais; dos produtos madeireiros e não-madeireiros; os óleos fixos de origem vegetal e animal (peixes); dos óleos essenciais; de substí¢ncias isoladas como a cafeína e a pilocarpina; a produção vegetal com a fruticultura, aproveitando as áreas degradadas, e a animal que, através da piscicultura, pode aproveitar o enorme potencial hídrico do Estado; a biomassa para a indústria de biofertilizantes e de energia; a floricultura (orquídeas, bromélias, folhagens tropicais) e até mesmo a atividade artesanal que busca em alguns produtos naturais a matéria-prima para embalagens e adereços (sementes, fibras) e os corantes altamente solicitados pelas indústrias de alimentos e bebidas, podemos chegar, desde que adotadas as políticas públicas adequadas ao desenvolvimento socioeconômico regional sustentável tão almejado. Tendo como base, uma indústria altamente agregadora de valor local, ao contrario do atual modelo do Pólo Industrial de Manaus (PIM) que é altamente importador de insumos, e uma economia com base nas matériasprimas regionais, descentralizando e desconcentrando o desenvolvimento socioeconômico no Estado do Amazonas. A maior contribuição dos segmentos da sociedade para o desenvolvimento do Estado da Amazonas se traduzirá no anseio de um futuro promissor como legado ao real desenvolvimento econômico, social e sustentável, como um novo paradigma a ser trilhado em busca de um Estado onde o homem amazonense seja o maior beneficiário, por meio da redução das desigualdades intra-regionais, com a
utilização, de forma harmônica, da megabiodiversidade que o Estado possui, transformando-a em riqueza, com satisfatória melhoria da qualidade de vida.