Considerações sobre a natureza estratégica das atividades espaciais e o papel da agência espacial brasileira

Autores

  • Luiz Gylvan Meira Filho
  • Lauro Tadeu Guimarí£es Fortes
  • Eduardo Dorneles Barcelos

Resumo

Neste artigo mostra-se que a atividade espacial, com intensidade crescente nos últimos anos, vem se tornando um campo de ação de agentes não apenas técnicos e científicos, como também econômicos e políticos. Diversamente da bipolaridade da era da Guerra Fria, o atual quadro caracteriza-se pela variedade não apenas de nações mas também de grupos empresariais partícipes em empreendimentos multinacionais. Neste quadro cada vez mais complexo e diní¢mico, a necessidade do pensamento estratégico é patente, ainda mais ao se ponderar a releví¢ncia das atividades espaciais para o País. Será a partir de uma
compreensão ampla do contexto internacional das atividade espaciais que deverão ser elaboradas as linhas mestras que guiarão as iniciativas nacionais. Através de ações coordenadas pela AEB, dispíµe-se atualmente de uma Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais e do Programa Nacional de Atividades Espaciais. Como resultado de decisíµes estratégicas do passado, no que tange ao setor espacial o Brasil ocupa hoje um papel de destaque no cenário mundial. Apesar de dificuldades orçamentárias crônicas, situa-se entre os únicos 15 países do mundo a terem desenvolvido com sucesso um satélite, dispíµe de um dos 14 centros de lançamento de satélites operacionais em todo o mundo, e será em breve provavelmente o nono país a dispor de seu próprio veículo lançador de satélites. Em função destas posições já conquistadas, intensificam-se constantemente as manifestações de interesse e as oportunidades de novos projetos em parceria internacional, entre as quais certamente destaca-se aquela de tornar-se o único país em desenvolvimento a participar da Estação Espacial Internacional.

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